Furto de cabos de alta tensão prejudica novamente profissionais em prédio comercial no Rio

Na manhã desta segunda-feira (24), os profissionais que trabalham no Edifício Borba Gato, localizado no Centro do Rio, foram novamente impedidos de exercer suas atividades devido à falta de energia.

O problema foi detectado por volta das 5h40, quando o vigia do prédio percebeu a ausência de luz e informou o síndico Alexander Costa.

Preocupado com possíveis danos, Costa solicitou que o único elevador funcional não fosse ligado, pois um incidente similar havia ocorrido dois meses antes. A companhia responsável pelos elevadores inicialmente indicou que o problema estava relacionado à falta de energia elétrica, e, após investigação, foi constatado o furto de cabos de alta tensão nas proximidades do edifício. O caso não afetou somente o prédio, mas também o Terminal Menezes Cortes.

O síndico relatou que o furto aconteceu em uma área próxima à Avenida Antônio Carlos, um local onde o mesmo tipo de crime já havia ocorrido meses antes. “Eu conversei com os técnicos da Light. Eles me informaram que estavam aguardando a chegada de material, já que houve furto de cabos de alta tensão, cabos grossos”, explicou Costa.

O prejuízo para os profissionais do edifício foi grande, já que cerca de 90% dos escritórios são de advogados que dependem de energia para cumprir prazos processuais. Com a falta de luz, muitos advogados tiveram que desmarcar atendimentos e ajustar prazos com os tribunais.

De acordo com Costa, a violência e os furtos de cabos têm gerado sérios transtornos. Ele acredita que os criminosos não são moradores de rua, mas sim profissionais qualificados, uma vez que os cabos furtados são pesados e exigem experiência. “Obviamente, não é tipo de furto que pode ser cometido por qualquer um”, afirmou.

O síndico também expressou preocupação com a falta de segurança no Centro do Rio, que, segundo ele, tem sofrido com o aumento da violência, especialmente relacionada a furtos e a presença de moradores de rua. Costa criticou a falta de ações efetivas por parte do poder público para coibir esses crimes, que têm afetado diretamente o trabalho dos profissionais da região. “O que vem acontecendo é um desestímulo às pessoas estarem no Centro da cidade”, concluiu.

Por: Maria Clara Corrêa

Imagem: Reprodução