CBF volta atrás em carta conjunta e eleva tom contra atuação branda de Conmebol

O presidente Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, elevou o tom contra a atuação considerada branda em relação aos casos de racismo adotada pela Conmebol. Embora já tivesse assinado uma carta contra o racismo, junto da Conmebol e das outras nove federações da América do Sul, Ednaldo voltou atrás e demonstrou insatisfação com a condução das punições contra autores de ofensas racistas.

No documento, Ednaldo criticou a falta de rigidez nas sanções aplicadas pela entidade ao Cerro Porteño após ofensas racistas sofridas pelos brasileiros Luighi e Figueiredo, do Palmeiras, em jogo da Copa Libertadores Sub-20.

“A atuação da CONMEBOL está em linha com as medidas mais rigorosas implementadas nas mais importantes Ligas, Confederações e FIFA”, dizia a carta.

“A CBF discorda veementemente da atuação da CONMEBOL nos casos de racismos e muito menos que a entidade esteja em conformidade com as medidas mais rigorosas implementadas nas mais importantes Ligas, Confederações e FIFA, uma vez que não somente não foi adotado o Protocolo Anti-Racismo determinado pela FIFA na partida entre Palmeiras e Cerro Porteño, valida pela CONMEBOL Libertadores Sub20, na qual os atletas brasileiros Luighi e Figueiredo foram vítimas do crime de racismo, como também foi aplicada uma sanção inócua, ineficaz e insuficiente diante da gravidade do evento, dos danos irreparáveis causados aos atletas e a reincidência do clube paraguaio”, respondeu a CBF.

“Em arremate, a CBF espera que a CONMEBOL adote o protocolo antirracismo global da FIFA em suas competições, Libertadores e Sudamericana, aplicando punições contundentes na eventualidade de novos crimes de racismo acontecerem”, finalizou.

Por: Ágatha Araújo

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