Homens são condenados após roubo de privada de ouro do palácio de Blenheim

Detalhes sobre o roubo e venda de uma privada de ouro do Palácio de Blenheim, no sul da Inglaterra, foram revelados pelas autoridades. Em setembro de 2019, o vaso de 18 quilates, obra do artista italiano Maurizio Cattelan, foi furtado por três homens, resultando em condenações recentes. A peça, avaliada em quase 5 milhões de libras, nunca foi recuperada, e as investigações indicam que foi derretida e vendida como ouro.
Atualmente, a privada é avaliada em quase 5 milhões de libras (36,9 milhões de reais).
Michael Jones, de 39 anos, foi considerado culpado por roubar o vaso e foi ele quem teria feito o plano. Já Fred Doe, 36 anos, foi condenado por conspiração para transportar ou transferir bens roubados.
James Sheen, é o terceiro participante do roubo, ele já havia se declarado culpado em uma das audiências ocorridas neste ano. A polícia encontrou seu DNA em uma marreta deixada na cena do crime e centenas de fragmentos de ouro em suas calças de moletom. Os três homens ainda serão sentenciados. Um quarto homem foi acusado de conspiração, Bora Guccuk, foi absolvido pelos jurados.
O roubo foi 14 de setembro de 2019. Os criminosos entraram no palácio e saíram de manhã. Além do vaso, os criminosos ainda causaram uma inundação e outros danos ao castelo. Jones teria visitado o palácio de Blenheim duas vezes, uma antes do vaso ser exibido e outra depois que ele foi instalado. Durante a primeira visita, Michael Jones teria fotografado a janela que usaram para entrar. Já na segunda, um dia antes do crime, ele teria fotografado o banheiro, a fechadura da porta do banheiro e a mesma janela, mas dessa vez, do lado de fora.
Sheen e os cúmplices dirigiram dois veículos roubados pelos portões trancados do palácio no dia da ação. As imagens das câmeras de segurança mostraram que os ladrões usaram marretas e pés de cabra para invadir o palácio e retirar o vaso. Eles colocaram a obra na parte de trás de um dos veículos e fugiram.
James Sheen entrou em contato com Fred Doe nos dias após o crime para vender o ouro, usando mensagens codificadas. A dupla discutiu um pagamento de 26.500 libras por quilo de ouro roubado. Conforme dito por um dos promotores, o vaso não foi recuperado. Eles trabalhavam com possibilidade do objeto ter sido derretido e vendido.
“America” foi exposto pela primeira vez no museu Guggenheim de Nova York. Os visitantes podiam agendar um horário para utilizar a privada de ouro. Portanto, existia um limite de tempo, 3 minutos, para evitar longas filas. No período de 2016 e 2017, o vaso foi utilizado por cerca de 100 mil pessoas.
A pouco tempo, outra obra do italiano Maurizio Cattelan repercutiu nas redes sociais: uma banana colada na parede com a ajuda de uma fita adesiva prateada. Nomeada de “Comedian”, a peça foi arrematada em um leilão por 6,2 milhões de dólares (35,8 milhões).
Por: João Pena
Foto: Reprodução Internet