Alcaraz fica surpreso com ação judicial de sindicato criado por Djokovic: ‘Não apoio’

Carlos Alcaraz ficou surpreso com a ação judicial promovida pela Associação de Jogadores Profissionais de Tênis (PTPA na sigla em inglês), liderada pelo sérvio Novak Djokovic, contra as entidades reguladoras da modalidade. Na ação, os órgãos são acusados operarem um “sistema corrupto, ilegal e abusivo”. Número 3 do mundo, o espanhol foi citado no processo, mas deixou claro que não apoia a ação.

A ação movida por Djokovic critica os principais órgãos gestores do tênis feminino e masculino: Associação dos Tenistas Profissionais (ATP), Associação de Tênis Feminino (WTA), Federação Internacional de Tênis (ITF) e a Agência Internacional de Integridade do Tênis (ITIA). Ele questiona o cronograma, os sistemas de classificação e o controle sobre os direitos de imagem e diz buscar o fim do “monopólio” do circuito. O sérvio também defende que os atletas passam por condições “desumanas” de trabalho para cumprir contratos.

“Foi surpreendente para mim, porque ninguém me contou sobre isso. Há coisas com as quais concordo e há outras com as quais não concordo. O principal é que não apoio o que foi feito. Ontem vi nas redes sociais que colocaram algo que eu disse em uma entrevista coletiva nos documentos e eu não estava ciente disso. Sinceramente, não apoio essa carta, porque eu não estava ciente disso”, afirmou Alcaraz, às vésperas da estreia no Miami Open, o Masters 1.000 da Flórida.

“Ontem, vi nas redes sociais que eles colocaram algo que eu disse em uma entrevista coletiva nos documentos, e eu não estava ciente disso. Sinceramente, não apoio essa carta, porque não estava ciente disso“, disse o espanhol.

Em resposta às acusações, a Associação de Tênis Profissional (ATP) emitiu nota questionando a capacidade da PTPA em representar os tenistas e suas necessidades.

“Enquanto a ATP permaneceu focada na implementação de reformas que beneficiassem os jogadores em vários níveis, a PTPA optou consistentemente pela divisão e distração por meio de desinformação em vez do progresso. Cinco anos após sua criação em 2020, a PTPA tem lutado para estabelecer um papel significativo no tênis, então sua decisão de entrar com uma ação legal neste momento não é surpreendente.”

Por: Ágatha Araújo

Foto: reprodução