Papa Francisco condena guerras e pede desarmamento em carta escrita no hospital

Nesta terça-feira (18), o Vaticano divulgou uma carta escrita pelo papa Francisco, na qual ele condena guerras, apela pelo fim dos conflitos e pelo desarmamento na terra.

De acordo com a Santa Sé, a mensagem foi escrita na última sexta-feira (14), no hospital Gemelli em Roma, onde Francisco segue internado há mais de um mês e destinada a Luciano Fontana, diretor do jornal italiano Corriere della Sera.

“Gostaria de encorajar o senhor e todos aqueles que dedicam trabalho e inteligência para informar […] a sentir toda a importância das palavras”, escreveu. “Precisamos desarmar as palavras para desarmar as mentes e desarmar a Terra. Há uma grande necessidade de reflexão, de calma, de um senso de complexidade”, expressou o pontífice.

O pontífice escreveu a carta como resposta aos desejos de melhora que o diretor fez a ele anteriormente.

“Enquanto a guerra apenas devasta as comunidades e o meio ambiente, sem oferecer soluções para os conflitos, a diplomacia e as organizações internacionais precisam de nova força vital e credibilidade”, continuou Francisco.

Ele também falou sobre a própria condição de saúde se referindo a fragilidade humana, que, segundo ele, “tem o poder de nos tornar mais lúcidos em relação ao que dura e ao que passa, ao que nos faz viver e ao que mata”.

O papa está internado desde o dia 14 de fevereiro no Hospital Gemelli em Roma, onde trata uma pneumonia bilateral, condição que infecciona os dois pulmões, pode inflamá-los e deixar cicatrizes, dificultando a respiração.

O pontífice passou por diversos episódios de problemas de saúde nos últimos dois anos e é propenso a infecções pulmonares em decorrência de uma pleurisia que teve quando jovem adulto e precisou remover uma parte do pulmão.

O papado de Francisco completou 12 anos na última quinta-feira (13).

Atualmente com 88 anos, o atual líder da Igreja Católica foi eleito pelos cardeais em 13 de março de 2013, aos 76 anos.

Ao longo de 12 anos, ele reorganizou a burocracia do Vaticano, escreveu quatro importantes documentos de ensino, fez 47 viagens ao exterior para mais de 65 países e criou mais de 900 santos.

Por: Carolina Sepúlveda 

Foto: Reprodução