Caso Marielle: sete anos após o crime, executores são condenados e mandantes viram réus no STF

Nesta sexta-feira (14), data que marca sete anos do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, as famílias das vítimas atravessam o aniversário do crime com a certeza de que os executores foram condenados pela Justiça. Os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz receberam penas de 78 e 59 anos, respectivamente, por envolvimento direto no homicídio.
Marielle e Anderson foram mortos a tiros em 14 de março de 2018, no Rio de Janeiro. Desde que o caso passou da Polícia Civil para a Polícia Federal, em 2023, os investigadores avançaram na identificação dos mandantes do crime. Atualmente, o deputado federal Chiquinho Brazão (sem partido), o conselheiro do TCE-RJ Domingos Brazão e o ex-chefe da Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa, são réus no Supremo Tribunal Federal (STF).
As investigações indicam que os irmãos Brazão teriam encomendado o assassinato devido à atuação de Marielle contra interesses ilegais da milícia. Já Rivaldo Barbosa, que assumiu o comando da Polícia Civil na véspera do crime, é acusado de atrapalhar as investigações para proteger os envolvidos.
Além dos mandantes, outros envolvidos no caso também foram condenados, incluindo o ex-policial Rodrigo Ferreira, a advogada Camila Nogueira e o ex-bombeiro Maxwell Simões Correia. A Justiça segue analisando o caso, que ainda pode trazer novos desdobramentos.
Foto: Arquivo Portal Onbus