Caso Marielle: Moraes determina que PF revele conversas entre vereadora e delegado acusado

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou que a Polícia Federal apresente à Corte as conversas mantidas entre o ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa e a vereadora Marielle Franco, assassinada em 2018 junto de seu motorista, Anderson Gomes. Preso desde março de 2024, o delegado é apontado como mandante do crime pelo assassino confesso da parlamentar, o ex-PM Ronnie Lessa.

Segundo denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), Rivaldo teria planejado e ordenado a morte da vereadora, além de ter atuado para atrapalhar as investigações sobre o crime enquanto chefiava a polícia fluminense. O crime vai completar sete anos nesta sexta-feira (14).

A ordem de Moraes atende a um pedido da defesa de Rivaldo, que sempre negou a participação dele no crime, para que as conversas dele com Marielle sejam anexadas ao processo. O advogado Marcelo Ferreira pretende usar o material para demonstrar o que seria uma relação cordial e profissional entre os dois.

Moraes também aceitou outro pedido da defesa para que seja enviado ao STF um processo criminal que tramita no Rio com envolvimento do assassino confesso Ronnie Lessa.

O ministro, no entanto, negou outros pedidos da defesa do delegado. Entre eles, o de que Ronnie Lessa, executor confesso do assassinato de Marielle e delator de Rivaldo Barbosa, seja submetido a uma perícia psiquiátrica para identificar eventual transtorno de personalidade. Já o outro pedido negado se refere a uma suposta estrutura ilegal dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) que teria sido usada para monitorar um dos delegados que assumiu o caso.

Por: Ágatha Araújo

Foto: divulgação