Sem provas, Bolsonaro volta a atacar TSE e pede que aliados ‘empurrem’ impeachment de Lula
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Indiciado por uma suposta tentativa de golpe envolvendo o assassinato do presidente Lula e do ministro Alexandre de Moraes, o ex-presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que o tornou inelegível até 2030. Além disso, Bolsonaro tem buscado apoio entre dirigentes partidários para um projeto, em tramitação no Congresso, de anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro.
No último sábado, em uma transmissão ao vivo com apoiadores que moram nos Estados Unidos, Bolsonaro retomou os ataques contra a integridade do TSE. Sem provas, ele alegou que que o TSE teria recebido recursos estrangeiros para incentivar jovens de 16 anos a tirarem o título de eleitor — o que, segundo ele, teria beneficiado Lula em 2022, uma vez que a maioria do eleitorado nesta idade “votam na esquerda”.
Por 5 a 2, o TSE condenou em 2023 o ex-presidente por abuso de poder político e uso indevido de meios de comunicação ao atacar, sem provas, as urnas eletrônicas em uma reunião com embaixadores durante sua campanha à reeleição.
O ex-mandatário também tem incentivado seus aliados a defender o impeachment de Lula. Bolsonaro publicou um vídeo em que pede que a oposição foque na bandeira “Fora Lula em 2026”, além de outros temas como “liberdade de expressão, segurança e custo de vida”. A postagem foi republicada por nomes do bolsonarismo, como o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ) e o senador Jorge Seif (PL-SC).
Por: Ágatha Araújo
Foto: reprodução