Perícia afirma que fábrica de fantasias destruída por incêndio tinha ‘gato’ de energia

A Polícia Civil do Rio revelou que a fábrica de fantasias de carnaval destruída por um incêndio nesta quarta-feira (12) tinha ligações clandestinas de energia, prática conhecida como “gato”. Todas as máquinas usadas por aderecistas estavam usando luz furtada. Os investigadores agora apuram se o “gato” foi o causador do incêndio que deixou 21 feridos e destruiu a produção de três escolas de samba.

A fábrica não possuía alvará do Corpo de Bombeiros e foi interditada pela Polícia Civil. O teto do imóvel ainda corre risco de desabamento.

O Ministério Público do Trabalho também abriu investigação, sobre as condições de trabalho dos funcionários. O Corpo de Bombeiros afirmou que a fábrica estava com documentação irregular.

A polícia deve ouvir os donos da fábrica e funcionários. Duas empresas estão registradas na Receita Federal funcionando naquele endereço: a Maximus Ramo Confecções de Vestuário e a Bravo Zulu Confecções e Representações Ltda.

O prefeito Eduardo Paes se solidarizou com a tragédia e afirmou que as escolas prejudicadas não poderão ser rebaixadas.

“Conversei agora com o presidente Hugo Júnior da série Ouro que me deu mais detalhes das 3 escolas afetadas pelo incêndio de hoje em Ramos. Já tomamos a decisão de que, independente de qualquer coisa, as escolas não serão rebaixadas no carnaval desse ano. Havendo possibilidade de desfilar, as três serão consideradas hors concours”, escreveu Paes.

Por: Ágatha Araújo

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