Calor no Rio: pesquisa relaciona altas temperaturas a aumento de mortalidade

De acordo com uma pesquisa realizada pela Secretaria Municipal de Saúde, o calor extremo pode estar associado ao aumento na mortalidade, especialmente de idosos com doenças como diabetes, hipertensão, insuficiência renal, Alzheimer e infecções do trato urinário. Em casos extremos, o risco pode dobrar.

Inédito no Rio, o levantamento analisou dados de mortes naturais ocorridas na cidade de 2012 até junho do ano passado. Essas informações foram cruzadas com as temperaturas registradas por órgãos como o Alerta Rio, da Prefeitura, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e a Rede de Meteorologia do Comando da Aeronáutica (Redemet). Foram destacados 390 mil óbitos relacionados a 17 causas recorrentes, das quais 12 mostraram aumento de incidência e, portanto, risco, com a exposição a temperaturas elevadas.

Outros sintomas relacionados à exposição ao calor são tontura, dor de cabeça e até desmaios.

“É comprovada a associação entre dias de calor e a descompensação de doenças crônicas. É importante reforçar ações de prevenção. Pessoas com doenças crônicas devem redobrar a atenção com a medicação, não se esquecer de tomar. A família precisa ter atenção com a hidratação de idosos e também de crianças. Nos dias mais quentes é importante também que as pessoas evitem períodos longos de exposição direta ao sol ou que trabalhem diretamente expostas ao sol. A gente precisa reforçar essa mensagem para que todos entendam que se trata de algo muito sério”, diz Daniel Soranz, secretário municipal de Saúde.

Por: Ágatha Araújo

Foto: Tânia Rego/Agência Brasil