Aumento da carga horária na rede municipal do Rio sobrecarrega escolas e deixa professores sem espaço
O início do ano letivo na rede municipal do Rio de Janeiro tem sido marcado por denúncias de desorganização e irregularidades na alocação de professores. Profissionais da educação foram convocados para se apresentarem nas Coordenadorias Regionais (CREs) após a aprovação do PL 186, que aumentou a carga horária em sala de aula. Com o excesso de docentes, muitos ficaram sem turmas em suas escolas de origem, gerando um processo caótico de redistribuição.
Uma professora, que preferiu não se identificar, relatou ao DIÁRIO DO RIO:
“Vi um mar de irregularidades. Escolas sendo escolhidas por ordem de chegada, sem respeitar a antiguidade. Professores foram lotados em disciplinas diversificadas, com desvio de função. É o magistério sendo tratado como lixo”
O Sindicato Estadual de Profissionais da Educação (Sepe-RJ) classificou a situação como “mais um ataque do prefeito à educação pública”. A entidade criticou o desinvestimento na área e exigiu melhorias, como redução da carga horária, reajustes salariais e infraestrutura adequada.
Em nota, a Secretaria Municipal de Educação (SME) afirmou que o processo de alocação segue o procedimento regular, sem histórico de problemas anteriores, e que o objetivo é garantir o atendimento pleno aos alunos.
Enquanto isso, professores e sindicatos seguem em alerta, cobrando transparência e respeito aos direitos da categoria.
Por: Beatriz Queiroz
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