PF deve concluir nas próximas semanas inquérito da “Abin Paralela”

A Polícia Federal (PF) deve concluir nas próximas semanas o inquérito que investiga a existência de uma estrutura de espionagem voltada a adversários do governo de Jair Bolsonaro (PL), conhecida como “Abin Paralela”. O esquema violou dados sigilosos de servidores, jornalistas e ministros.

A expectativa é de que, no relatório final, a PF conclua que a estrutura de espionagem clandestina atuava para perseguir adversários e apoiar um plano de golpe de Estado, uma vez que a trama golpista apresentou nomes de pessoas que também são investigadas no caso da “Abin paralela”, como Alexandre Ramagem e Augusto Heleno, general da reserva e ex-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) do governo Bolsonaro.

O uso clandestino da Inteligência monitorou, de 2021 a 2022, cerca de 22 pessoas, incluindo figuras políticas proeminentes e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).Na lista, havia oito parlamentares, cinco servidores públicos, quatro ministros do STF, quatro jornalistas e um governador.

A PF também aponta que integrantes da Secretaria de Comunicação Social (Secom) abasteciam a “Abin Paralela” com perfis fake e disseminação de informações falsas contra desafetos do então governo federal.

Por: Ágatha Araújo

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