PM decide afastar agentes citados em relatório sobre roubo em boca de fumo

A Polícia Militar decidiu afastar os cinco policiais citados em um relatório da Corregedoria sobre uma quadrilha especializada em roubar bocas de fumo na região de São Gonçalo e Itaboraí. De acordo com a corporação, foi determinado que “os policiais sejam afastados preventivamente do serviço nas ruas” e que as armas da corporação acauteladas com eles sejam recolhidas. No relatório, a Corregedoria levantou a suspeita de que essas armas tenham sido utilizadas para cometer crimes.

Na denúncia, são citados três sargentos, dois cabos, um ex-cabo e dois moradores da região. O documento cita que o sargento Davi da Silva Palhares, no dia 16 de maio, usou uma “arma patrimoniada da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro” para fazer nove disparos “durante suposta tentativa de roubo”. Em outro trecho, o órgão diz que os militares “estariam se valendo de suas prerrogativas para cometer crimes”.

Segundo o relatório da Corregedoria da PM, o grupo se autodenomina Fantasmas e utiliza o armamento do Estado para atacar bocas de fumo, roubando dinheiro, drogas e armas. Ainda de acordo com o documento, os policiais, de posse do material, negociam tudo com criminosos.

Sem detalhar o esquema clandestino, o documento cita seis assaltos a bocas de fumo nos quais o cabo Patrick Polycarpo Sodré e o sargento Davi da Silva Palhares teriam atuado. Segundo corregedores, eles chegaram a ser baleados durante ações criminosas e socorreram um ao outro.

Em nota, a PM afirma que a “Corregedoria Geral da Corporação trabalha em conjunto com o Ministério Público Militar em uma ação investigativa com objetivo de colher indícios de autoria e materialidade dos crimes citados”.

Por: Ágatha Araújo

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