Reforma Ministerial do governo Lula deve abranger 10 pastas

A partir de fevereiro, o governo Lula vai se preparar para uma ampla reforma ministerial, com mudanças que podem abranger até 10 pastas. Essa alteração já era discutida desde 2024 e ganhou mais força após o governo federal enfrentar dificuldades para aprovar pautas importantes no Congresso Nacional.

As mudanças mais prováveis devem ser no Ministério da Defesa e na Secretaria de Comunicação Social. Discute-se também a possível saída de Alexandre Padilha da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), com destino ao Ministério da Saúde. O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, surge como favorito para assumir a articulação política do governo, agradando aliados no Congresso.

Algumas mudanças também estão sendo analisadas nas pastas de Agricultura e nas Minas e Energia, cobiçadas por Arthur Lira (PP-LA). A atuação tímida de Carlos Fávaro no setor agro e as tensões internas de Alexandre Silveira no PSD motivam a reestruturação. Já na Pesca, André de Paula (PSD) é criticado por falta de entregas e deve ser substituído.

O Ministério do Desenvolvimento Agrário também é alvo de insatisfação. Movimentos sociais, como o MST, querem a saída de Paulo Teixeira (PT), enquanto Edegar Pretto, atualmente na Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), é cogitado para assumir a pasta.

Na Secretaria-Geral da Presidência, uma possível substituição de Márcio Macêdo por Paulo Pimenta ou Gleisi Hoffmann está em avaliação. Já a saída de Ricardo Lewandowski do Ministério da Justiça abre espaço para que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, seja considerado para a função.

Essas movimentações serão moldadas após a eleição do novo comando do Congresso, prevista para 1º de fevereiro. Com Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) como prováveis presidentes da Câmara e do Senado, novos nomes podem surgir na dança das cadeiras. A reforma ministerial é vista como essencial para consolidar a base política e alavancar o desempenho do governo.

Por: Ágatha Araújo

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