Edmundo González, candidato oposicionista, reafirma retorno à Venezuela e gera tensões internacionais
O candidato oposicionista à presidência da Venezuela, Edmundo González, afirmou nesta segunda-feira (6) que retornará a Caracas nesta semana, apesar da ordem de prisão e da recompensa de US$ 100 mil oferecida pelo governo de Nicolás Maduro por sua captura. González, que se reuniu com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e com o conselheiro de Segurança Nacional designado, Mike Waltz, reforçou a legitimidade de sua vitória nas urnas, contestada pela Justiça venezuelana, controlada pelo chavismo.
Em meio às tensões, a líder opositora María Corina Machado convocou para esta quinta-feira (9) uma manifestação contra a posse de Maduro, marcada para o dia seguinte. González declarou que pretende ser empossado como presidente em 28 de julho, baseando-se nos resultados eleitorais divulgados pela oposição.
Após a reunião, Biden enfatizou que “os venezuelanos devem expressar suas opiniões de forma pacífica e sem represálias”, enquanto Waltz garantiu que os EUA “estarão atentos aos protestos planejados”.
A possível ida de González à Venezuela tem gerado apreensão entre líderes internacionais. O diplomata, de 75 anos, enfrenta preocupações sobre sua segurança caso seja preso. Apesar disso, González recebeu apoio de países como Uruguai, Paraguai e Chile, que não reconhecem a reeleição de Maduro.
Por: Beatriz Queiroz
Foto: REUTERS/Juan Medina