Projeto de lei em SP e entidades alertam sobre riscos do uso excessivo de tecnologia por crianças e adolescentes
A aprovação de um projeto de lei na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), que proíbe o uso de aparelhos eletrônicos em escolas públicas e privadas a partir de 2025, trouxe à tona a importância do controle do uso da tecnologia por crianças e adolescentes. O Centro Marista de Defesa da Infância reforça que a supervisão também deve ocorrer fora do ambiente escolar, especialmente em casa.
De acordo com o levantamento TIC Kids Online Brasil (2024), realizado pela Unesco e Cetic.br, 93% das crianças e adolescentes de 9 a 17 anos no Brasil acessam a internet, o que equivale a 24,5 milhões de pessoas. O estudo revela que 34% dos responsáveis utilizam ferramentas para bloquear ou filtrar sites, aplicativos e controlar o tempo online dos jovens.
Valdir Gugiel, diretor do Centro Marista, destaca a importância do letramento digital, comparando a necessidade de ensinar as crianças a se comportar na internet com o cuidado de orientá-las sobre segurança nas ruas. Ele alerta que o uso inadequado da internet pode prejudicar a saúde física e mental dos jovens.
O estudo também revela que 29% dos usuários de 9 a 17 anos já enfrentaram situações ofensivas online. Desses, 31% contaram aos pais ou responsáveis sobre o ocorrido, enquanto 13% não compartilharam a experiência com ninguém. A gerente do Centro Marista, Bárbara Pimpão, alerta que essas situações podem evoluir para casos de cyberbullying, causando danos como baixa autoestima, depressão e ansiedade.
Dentre as recomendações para pais e responsáveis estão:
- Monitorar o uso de dispositivos móveis com ferramentas de controle parental.
- Ficar atento a situações ofensivas.
- Orientar sobre os perigos do contato com estranhos.
- Dialogar sobre o uso excessivo da internet.
- Acessar conteúdos educativos juntos, promovendo a conscientização digital.
Por: Carolina Sepúlveda
Foto: reprodução