Jovem baleada pela PRF mostra melhora em hospital, mas continua em estado grave

O quadro de saúde de Juliana Leite Rangel, de 26 anos, passou de gravíssimo para grave de acordo com o boletim médico do Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes (HMAPN), em Duque de Caxias, onde está internada. Ela sofreu lesão por arma de fogo na região do crânio.

Acompanhada do pai, Juliana estava a caminho de Itaipu, em Niterói, para realizar a ceia de natal, quando o veículo em que estavam foi alvejado por policiais da PRF, na rodovia Washington Luís (BR-040), em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Ela foi baleada na cabeça. Já seu pai, Alexandre, foi baleado na mão esquerda, mas teve alta na terça-feira.

O hospital informou ainda que o estado da jovem permite a redução de sedação para avaliação de estímulos neurológicos, mas ainda é considerado delicado.

“Ainda não é possível avaliação completa de nível de consciência e nem avaliar possíveis sequelas. A paciente segue internada no CTI da unidade, em ventilação mecânica (entubada) e acompanhada pelo serviço de neurocirurgia, em conjunto com equipe multidisciplinar”, completou o boletim.

O caso está sendo investigado pela Polícia Federal. Embora não dê detalhes das investigações, a PF informou que uma equipe esteve no local onde ocorreu o episódio para “a perícia do local, a coleta de depoimentos dos policiais rodoviários federais e das vítimas, além da apreensão das armas para análise pela perícia técnica criminal”, conforme informou em nota divulgada na quarta-feira (25).

Após o episódio, o ministro de Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, denunciou a violência dos policiais e afirmou que os agentes precisam dar o exemplo.

“A polícia não pode combater a criminalidade cometendo crimes. As polícias federais precisam dar o exemplo às demais polícias”, apontou o ministro.

Por: Ágatha Araújo

Foto: reprodução