Médicos recomendam suplementação de Vitamina D para crianças e adolescentes até 18 anos
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) atualizou suas diretrizes e agora recomenda a suplementação de vitamina D para todas as crianças e adolescentes até os 18 anos. Antes, a indicação era limitada a bebês de até 1 ano.
A nova orientação foi divulgada em novembro, após oito anos sem atualizações, com o objetivo de prevenir a deficiência da vitamina, que pode causar problemas como raquitismo, infecções respiratórias e prejuízos à saúde óssea.
A mudança veio após a Sociedade Americana de Endocrinologia revisar, em junho, estudos que analisaram questões clínicas relacionadas à vitamina D. A suplementação é especialmente importante para quem tem pouca exposição solar ou dieta pobre em alimentos ricos na substância, como peixes de água fria, óleo de fígado de bacalhau e fígado de boi.
“Crianças e adolescentes estão cada vez mais tempo em ambientes fechados e menos expostos ao sol, o que contribui para o déficit de vitamina D”, explica o endocrinologista Crésio Alves, da SBP.
Embora o Brasil seja um país ensolarado, estudos mostram que a deficiência de vitamina D afeta até 12,5% das crianças e adolescentes, com índices mais altos no inverno, especialmente no Sul.
A SBP recomenda 600 UI diárias para crianças acima de 1 ano e adolescentes, enquanto bebês devem receber 400 UI. A suplementação deve ser feita com supervisão médica, pois o excesso pode causar danos, como hipercalcemia.
A nova diretriz destaca que a avaliação individual é essencial, considerando fatores como exposição solar, dieta e condições específicas de saúde. O objetivo é garantir níveis saudáveis sem exageros, prevenindo tanto deficiências quanto riscos associados ao excesso da vitamina.