Justiça determina bloqueio de bens de prefeita de Cabo Frio
Nesta quarta-feira (25), a Justiça determinou que os bens de Magdala Furtado, prefeita de Cabo Frio, e do secretário de Saúde, Bruno Alpacino Velame Reis, fossem bloqueados após colapso na saúde pública da cidade da Região dos Lagos do Rio de Janeiro. A decisão atende a um pedido do Ministério Público, que denunciou o descumprimento de uma liminar, concedida no dia 19 de dezembro, que exigia a regularização imediata dos serviços de saúde na cidade. Após algumas vistorias feitas junto ao Conselho Regional de Medicina, o MPRJ constatou que a ordem foi ignorada. Com isso, a população seguiu enfrentando falta de insumos, suspensão de serviços e hospitais sem condições mínimas de funcionamento.
Em resposta, a Justiça fixou uma multa diária de R$ 100 mil aos gestores, retroativa à data da intimação, totalizando, até esta quarta-feira, R$ 550 mil, referente a cinco dias de descumprimento.
O MPRJ assegurou que a multa incida exclusivamente sobre o patrimônio pessoal dos gestores, evitando onerar os cofres públicos.
“A decisão judicial, obtida pelo MPRJ, também prevê a indisponibilidade de bens móveis e imóveis dos gestores e o bloqueio de valores em contas bancárias, assegurando recursos para o cumprimento das obrigações impostas. Além disso, a Justiça determinou a criação de uma comissão interdisciplinar para monitorar o andamento das ações e ordenou ampla publicidade da decisão, de modo a informar a população sobre seus direitos”, divulgou o MPRJ.
Além de bloquear bens como imóveis e valores em contas bancárias da prefeita e do secretário, a Justiça determinou que seja formada uma comissão para acompanhar as medidas necessárias e a divulgação da decisão, garantindo que os moradores de Cabo Frio saibam de seus direitos. Com a medida, o órgão espera que o dinheiro bloqueado seja usado para resolver a crise na saúde, especialmente em um período de alta demanda, como as festas de fim de ano.
Por: Ágatha Araújo
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