Museu Cristo Redentor usará Inteligência Artificial para experiência imersiva
Que tal experimentar a sensação de estar abraçado ao Cristo Redentor, sem deixar o chão, e observar o Rio de uma perspectiva elevada? Ou confrontar-se com uma reprodução da cabeça gigantesca do monumento, que possui 3,75 metros de altura? Você sabia que a Princesa Isabel rejeitou a sugestão dos abolicionistas para colocar sua imagem no topo do Morro do Corcovado, para ser imortalizada como “redentora”, e transferiu a homenagem para Jesus?
Estas são algumas prévias do que será oferecido no futuro Museu Cristo Redentor, que será interativo e divertido, utilizando ferramentas de Inteligência Artificial. A atração será instalada nos andares quatro e cinco do Centro de Visitantes Paineiras (antigo Hotel Paineiras) e está agendada para ser inaugurada em outubro de 2026, ocasião em que o monumento completa 95 anos. As construções, avaliadas em R$ 25 milhões, estão previstas para iniciar no primeiro semestre de 2025.
A iniciativa é da Mude Brasil (empresa especializada no mercado de design e na construção de museus), em conjunto com a Arquidiocese do Rio de Janeiro, e com a parceria do Grupo Cataratas, concessionária que administra o centro de visitantes e o serviço de vans que fazem o trajeto até o monumento. A expectativa é que o novo museu receba 500 mil visitantes por ano.
Fé, natureza e humanidade
O projeto museográfico é inspirado na trindade fé, natureza e humanidade. Estão previstas dez áreas temáticas.
“O visitante terá oportunidade de interagir com os aspectos de crença, de religiosidade, que o monumento representa. Além disso, o museu vai contar a história do monumento, não só da construção, mas como foi financiado, da participação da população nesse processo, das personalidades que o visitaram. Há também a sua relação com o meio ambiente, com as questões de sustentabilidade”, explica Marcelo Fernandes, CEO da Mude Brasil.
André Eppinghaus, diretor de marketing da empresa, acrescenta:
“Há dois tipos de museu. Os que são passivos do ponto de vista do visitante, em que a pessoa está ali para ver uma coleção, trabalhos, coleções. E os contemporâneos, como o do Cristo Redentor, em que o visitante interage com a experiência e pode buscar mais informações de uma determinada seção, clicando, por exemplo, em painéis na parede ou em mesas.”
Mude e Santuário Cristo Redentor iniciaram conversas com empresas, que queiram contribuir financeiramente na implementação do novo espaço cultural. Em paralelo, buscam um mantenedor, que terá um local para chamar de seu dentro do museu. O projeto também está sendo concluído, para que possa ser aprovado pelo santuário e encaminhado ao ICMBio para licenciamento.
Por: Carolina Sepúlveda
Foto: reprodução