França, Polônia, Irlanda e Itália se opõem e ameaçam acordo Mercosul-UE

O acordo histórico de livre comércio entre Mercosul e União Europeia (UE) foi anunciado no início de dezembro, após 25 anos de negociação. Apesar disso, o entendimento está ameaçado com a oposição de alguns países europeus.

A explicação para o receio de países como a França é de que importações agrícolas mais baratas poderiam prejudicar o setor agrícola interno. Agricultores, inclusive, fizeram protestos em diversos locais na Europa durante as negociações, o que foi intensificado com a concretização do acordo.

Dias antes do anúncio, a Polônia também expressou seu descontentamento.

“A Polônia não aceita, e não estamos sozinhos… não aceitaremos dessa forma o acordo com os países da América do Sul, que é o grupo Mercosul, sobre livre comércio”, afirmou o primeiro-ministro Donald Tusk no final de novembro.

A Irlanda, por sua vez, demonstrou cautela sobre o acordo entre Mercosul e União Europeia, com Peter Burke, ministro da Empresa, Comércio e Emprego do país, mostrando preocupação e, mais uma vez, citando o agronegócio como possível empecilho.

“Expressei minhas preocupações sobre possíveis consequências não intencionais do acordo do Mercosul”, argumentou.

“Os agricultores investiram recursos significativos em sustentabilidade e devemos esperar os mesmos padrões elevados para todos os produtos que entram no mercado para garantir condições de concorrência equitativas, um conceito que está no cerne da UE”, acrescentou.

E, recentemente, a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, declarou que não apoiará o acordo comercial sem adaptações.

“Na ausência de um reequilíbrio (dos termos do acordo), a Itália não estará a bordo”, disparou Meloni.

Créditos da imagem: Redes Sociais

Escrito por: Rafael Ajooz