Vitória de Trump nos EUA e frustração com corte de gastos de Haddad faz dólar disparar

O dólar disparou, mais uma vez, em relação ao real. A moeda norte-americana foi dos R$ 5,67 registrados em 5 de novembro para a cotação recorde de R$ 6,09 nesta terça-feira (17), uma alta de 7,40% no curto período de um mês.

E nesta quarta-feira (18) a moeda voltou a abrir em alta. Logo nos primeiros minutos do pregão, por volta das 09h20, era negociada a R$ 6,12. Desde que atingiu o inédito patamar de R$ 6 ao final do mês de novembro, o dólar tem se mantido forte e sem sinais de alívio.

Neste ano, o dólar acumula alta de 25,62% sobre o real, impulsionado pelos receios sobre a inflação, enquanto as expectativas têm piorado. Em razão disso, os juros do país inverteram a direção e estão em rota de crescimento. E o arcabouço fiscal apresentado no ano anterior passou a ser questionado.

Não bastassem os obstáculos internos, entraram na conta fatores relacionados aos Estados Unidos, em que a vitória do republicano Donald Trump representa uma agenda de mais barreiras comerciais ao comércio exterior e renúncias de arrecadação de impostos. As medidas podem piorar a inflação americana, aumentar os juros por lá e dar ainda mais força ao dólar.

Créditos da imagem: Commons

Escrito por: Rafael Ajooz