Defesa de Braga Netto nega que general tenha qualquer envolvimento em atos antidemocráticos
A defesa do ex-ministro Walter Braga Netto, preso no último sábado (14), divulgou um comunicado neste domingo (15) negando qualquer envolvimento do general em atos antidemocráticos ou em obstrução das investigações sobre a suposta tentativa de golpe de Estado de 2022. Os advogados afirmam que Braga Netto nunca recebeu ou repassou recursos para financiar tais atos e que ele “jamais realizou reuniões em sua residência para tratar de assuntos ilícitos”.
O ex-ministro da Casa Civil e da Defesa durante o governo de Jair Bolsonaro foi indiciado em novembro de 2022 pela Polícia Federal por sua participação na tentativa de golpe, com crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. A PF alega que as investigações revelaram envolvimento de Braga Netto na articulação para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva e também apontaram seu apoio a ações ilegais, como o assassinato de Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin.
Além disso, a Polícia Federal indicou que o ex-ministro teria tentado pressionar líderes militares a aderirem ao plano de golpe e ainda teria utilizado métodos de milícia digital para atacar e difamar oficiais que se opusessem à ideia. Braga Netto, por sua vez, nega todas as acusações e refuta a ideia de que se tratava de um golpe ou de um plano para assassinato. A defesa, em seu comunicado, chama as acusações de “fantasiosas e absurdas” e afirma confiar que o devido processo legal esclarecerá os fatos.
Por: Beatriz Queiroz
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil