Prefeitura do Rio planeja licitação para substituir BRTs Transoeste e Transcarioca por VLTs até 2025
A Prefeitura do Rio pretende concluir todas as etapas burocráticas necessárias para realizar a licitação para substituir os BRTs Transoeste e Transcarioca por VLTs até a metade de 2025. Neste mês, o BNDES concluiu os estudos para substituir os ônibus articulados da Transcarioca (Alvorada – Galeão) e Transoeste (Jardim Oceânico – Campo Grande/Santa Cruz), estimando que serão necessários R$ 12 bilhões para a substituição do sistema.
O município também possui uma avaliação detalhada dos benefícios que a substituição dos sistemas proporcionará. De acordo com Gustavo Guerrante, CEO da Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPar), o BRT já possui uma demanda estabelecida, e estudos indicam um novo segmento de usuários: com o VLT, aqueles que não utilizam o transporte público tendem a se juntar ao sistema.
A viabilidade do projeto considera, por exemplo, que é possível instalar trilhos sobre a pista onde circulam os BRTs e lista as estações que precisarão ser adaptadas para o veículo sobre trilhos.
Até o final do próximo ano, a CCPAR planeja concluir os estudos sobre a alteração no sistema e prosseguir para as etapas de consulta e audiência pública, onde moradores das áreas atravessadas pelos dois BRTs irão contribuir com o projeto.
Para apresentar o projeto para investidores do exterior a prefeitura também fará um “road show”. Entre as alternativas para conseguir os R$ 12 bilhões para financiar as obras, a prefeitura avalia buscar recursos junto ao PAC Mobilidade, programa do governo federal para obras de transporte, empresas estrangeiras, incentivo com bancos transnacionais e investimentos próprios.
A construção é a primeira alteração significativa nos transportes e na infraestrutura viária do próximo mandato de Paes, que inicia em janeiro, a sair do papel. A já bastante comentada desativação do Elevado 31 de Março, anunciada pela prefeitura no último domingo (08), deve levar de três a quatro anos para se tornar realidade.
Por: Carolina Sepúlveda
Foto: Reprodução