Prefeitura anuncia derrubada de Elevado Trinta e Um de Março, que liga Centro à Zona Sul

Neste domingo (08), a Prefeitura do Rio anunciou um plano de revitalização da Zona Portuária — o Porto Maravilha. No projeto consta a derrubada do Elevado Trinta e Um de Março, que desde sua primeira inauguração em 1977 tem papel fundamental na ligação entre a Zona Sul e o Centro. Além disso, a proposta inclui a criação de um túnel sob a linha férrea, novos parques, prédios residenciais, museu do samba, sala de espetáculos e ampla reforma da Passarela do Samba.

Para Eduardo Paes (PSD), é hora de “pensar grande”.

“Acabou o feijão com arroz, vamos voltar a derrubar viaduto, trazer os Brics, os Jogos Pan-Americanos, e, se o G20 quiser, a gente bota aqui de novo. Vamos voltar a fazer do Rio o centro do mundo”, discursou o prefeito.

A demolição do Elevado 31 de março em toda a sua extensão, desde a entrada do Santo Cristo até o túnel Santa Bárbara, preocupa especialistas em relação ao trânsito. Atualmente, cerca de 80 mil veículos passam todos os dias pelo elevado, que não tem qualquer sinal de trânsito. O Boulevard do Samba não deverá ter esse conceito de via expressa, já que cruzará as ruas Frei Caneca e Salvador de Sá, assim como a Presidente Vargas.

Neste projeto, a prefeitura estabelecerá os parâmetros urbanísticos para a área ao redor do Sambódromo, em harmonia com os moradores da região, que conta com diversos imóveis tombados. Também será especificada a origem dos recursos necessários para concretizar essas propostas: os fundos virão da negociação de terrenos que surgirão com a remoção do elevado. Nessas áreas públicas, empreendedores terão a possibilidade de construir prédios residenciais.

O projeto ambicioso ainda não divulgou detalhes como:  datas, cronograma de execução das obras, fontes de financiamento confirmadas e garantias de que a infraestrutura urbana e os moradores do entorno serão realmente beneficiados.

Segundo informações de O Globo, o Executivo deve encaminhar o texto do projeto para apreciação– e possíveis mudanças — à Câmara do Rio já em 2025.

Por: Ágatha Araújo

Foto: reprodução