Polícia Civil realiza operação no Complexo da Maré e deixa dois mortos e três presos

Na manhã desta segunda-feira (09), a Polícia Civil do Rio de Janeiro iniciou a Operação Torniquete no Complexo da Maré, com o objetivo de combater o roubo de cargas e veículos. A ação deixou dois mortos durante um confronto. Três pessoas foram presas. Houve apreensão de três fuzis, uma pistola e uma granada. Moradores relataram intenso tiroteio.

Os alvos principais são traficantes ligados ao Comando Vermelho, como Rodrigo da Silva Caetano, conhecido como Motoboy, e Jorge Luís Moura Barbosa, o Alvarenga. De acordo com as investigações, ambos gerenciavam uma quadrilha que realizava roubos para financiar atividades da facção, incluindo a compra de armamentos e o pagamento de benefícios a familiares de presos e líderes da organização criminosa.

Por conta da operação, o trânsito foi impactado. A Linha Amarela ficou fechada nos dois sentidos, sendo reaberta por volta das 7h50. Por volta das 8h25, a Avenida Brasil foi interditada. Segundo o Centro de Operações Rio, a Linha Vermelha também tem interdições intermitentes.

“A operação foi escalada pela Polícia Civil, em mais uma etapa da operação Torniquete, que soma mais de 250 presos. A gente atuou hoje no complexo da Maré, que é também um braço operacional e logístico que fomenta todo esse roubo de carga e automóvel no Rio de Janeiro. O quartel-general é a Penha, se auto titulou isso. Já são três presos, um deles, um dos grandes roubadores da região, responsável por corte de veículo, remessa de peça de veículo para outros estados”, afirma o delegado André Neves, diretor do Departamento-Geral de Polícia Especializada.

As investigações revelam, ainda, que nas comunidades onde a quadrilha atua ocorrem os seguintes crimes, todos relacionados a roubos de veículos e de cargas:

  • Armazenamento, transbordo e revenda das cargas roubadas para receptadores
  • Clonagem de veículos para posterior revenda ou troca por armas e drogas
  • Desmanche de veículos para revenda de peças
  • Uso dos veículos roubados pelas quadrilhas para deslocamento e cometimento de outros crimes
  • Cativeiro de vítimas sequestradas para realização de transferências via PIX; entre outros

Por: Ágatha Araújo

Foto: reprodução