Faixa do tetra em homenagem Ayrton Senna é entregue para família 30 anos depois

A faixa estendida pelos atletas em memória a Ayrton Senna, símbolo da vitória do tetra da Copa do Mundo, foi entregue à família do piloto na semana passada. Durante a celebração do título nos Estados Unidos, o texto “Senna, aceleramos juntos: o tetra é nosso” foi exibido ao vivo. 

Os ex-jogadores Paulo Sérgio, Zetti, Mauro Silva e Gilmar Rinaldi, além do preparador físico Moraci Sant’Anna, foram à sede do Instituto Ayrton Senna. Ele entregaram a relíquia que ficou guardada por 30 anos à sobrinha e CEO de Senna Brands, Bianca Senna. 

“Foi um dia muito especial esse de entregar a faixa que é símbolo de gratidão e de legado do Ayrton Senna. A inspiração que ele foi para todos os brasileiros, para a gente naquela conquista. O Senna queria o tetracampeonato e nós também. E que o legado dele continue inspirando e guiando a sociedade brasileira. Fica claro que com paixão e com determinação é possível alcançar qualquer sonho”, afirmou o ex-volante Mauro Silva. 

Ayrton Senna deu o pontapé inicial de um amistoso da seleção brasileira, dias antes de morrer, com um combinado do PSG e do Bordeaux, em 20 de abril, em Paris. Naquele dia, o tricampeão de Fórmula 1 e os jogadores brincaram de que conquistariam o tetra em 1994.

Porém, o acidente em Ímola, no dia 1º de maio, impediu o piloto de cumprir o seu lado da promessa. A morte do ídolo chocou o país e os jogadores da Seleção do tetra, que pensaram na homenagem. 

“Ele esteve presente em todos os momentos, desde o início da nossa preparação. Aquela frase que ele falou depois que ele subiu para dar o pontapé inicial, ‘vou estar acelerando lá de cima (na arquibancada)’. E ele realmente acelerou de todas as formas, inclusive nos acelerou na final e a gente sabia que essa faixa deveria ficar com a família dele”, disse o ex-goleiro Gilmar. 

“Ele ensinou muito a essa Seleção que nos momentos mais difíceis e de maior a pressão, a como ser um campeão, o verdadeiro campeão. E a gente usou muito as frases dele e a determinação dele”, completou. 

Américo Faria, ex-superintendente da CBF, guardou por 30 anos a faixa da final da Copa de 1994. A partir de agora, ela passa a fazer parte do acervo da família e da Senna Brands. 

“É uma honra receber os jogadores. A faixa vai ganhar um lugar especial no nosso acervo porque simboliza a união de dois esportes que mexem com a emoção dos brasileiros. Eu me lembro de assistir ao Brasil ganhando a Copa do Mundo e ver a seleção celebrando o Ayrton. Foi muito especial”, comentou Bianca Senna. 

Por: Carolina Sepúlveda  

Foto: reprodução