Aluguel no Rio sobe em outubro, com Catete liderando alta de 5,53%
O aluguel de propriedades no Rio de Janeiro está se tornando cada vez mais caro, com uma média de 1,98% nos valores divulgados em outubro, de acordo com um estudo da APSA, líder nacional na administração de propriedades urbanas. O Catete apresentou a maior valorização no período, com um aumento de 5,53%, elevando o custo médio para R$ 53,24/m2.
Zona Sul e Barra da Tijuca puxam altas, mas algumas áreas apresentam quedas. Na Zona Sul, bairros tradicionais como Copacabana, Ipanema e Leblon registraram aumentos modestos em outubro:
Copacabana: +0,92% (R$ 68,03/m²)
Ipanema: +0,14% (R$ 124/m²)
Leblon: +0,38% (R$ 117,56/m²)
No entanto, alguns bairros da mesma região apresentaram quedas, como:
Flamengo: -2,25% (R$ 60,32/m²)
Laranjeiras: -0,95% (R$ 51,04/m²)
Botafogo: -0,66% (R$ 65,79/m²)
Leme: -0,91% (R$ 60,67/m²)
Na Barra da Tijuca, o aluguel subiu 1,27% (R$ 74,14/m²), enquanto no Recreio o aumento foi de 0,54% (R$ 41,01/m²).
Grande Tijuca e Centro também registram variações
A região da Grande Tijuca apresentou variações interessantes:
Tijuca: +1,87% (R$ 33,75/m²)
Maracanã: +0,18% (R$ 33,34/m²)
Grajaú: -1,3% (R$ 29,36/m²)
Vila Isabel: -1,03% (R$ 28,75/m²)
No Centro, o aluguel subiu 0,18%, chegando a R$ 41,87/m².
A taxa de vacância média no Rio é de 6,1%, abaixo do ideal de 10%. Bairros como Leme, Flamengo e Laranjeiras têm vacância entre 1% e 5%, enquanto o Leblon registra 6,8% e Ipanema, 10,9%. Na Barra e Recreio, as taxas são maiores, com 8,2% e 12%, respectivamente.
Além disso, o tempo médio para locar um imóvel está diminuindo. Em Copacabana, o tempo de locação caiu de 33 dias em 2023 para 29 dias em 2024, uma redução de 12,1%. Comparativamente, em 2021, levaria 167 dias para alugar um imóvel.
Segundo Flávio Olímpio, gerente de locações da APSA, a alta nos aluguéis é reflexo da baixa vacância e da dificuldade em adquirir imóveis devido aos altos juros e restrições de financiamento.
“A dificuldade de comprar imóveis está empurrando mais pessoas para o aluguel. Mesmo com preços elevados, a procura continua alta, principalmente na Zona Sul e Barra da Tijuca,” explicou Olímpio.
Com a decisão da Caixa Econômica Federal de financiar apenas 70% do valor dos imóveis, mais pessoas estão adiando a compra e optando por aluguel, pressionando ainda mais o mercado.
Por: Carolina Sepúlveda
Foto: reprodução