‘Barriga de chope’ é sinal de alerta para gordura visceral associada a doenças graves

A famosa “barriga de chope”, motivo de brincadeiras em churrascos e rodízios, é, na verdade, um sinal de alerta para a saúde. Essa gordura visceral, que se acumula ao redor dos órgãos na região abdominal, vai muito além da estética: é metabolicamente ativa e está associada a doenças graves como diabetes tipo 2, problemas cardiovasculares e fígado gorduroso.

O acúmulo de gordura visceral não depende apenas do peso total, mas também da maneira como o corpo armazena gordura. Quando o armazenamento de gordura subcutânea chega ao limite, o organismo passa a depositar gordura de forma inadequada, em locais incomuns, como ao redor dos órgãos internos.

De acordo com especialistas, não é só o álcool que contribui para o problema.

“Qualquer excesso calórico, principalmente de alimentos processados, pode levar ao acúmulo de gordura visceral”, explica Caio Victor Coutinho, nutricionista do Conselho Federal de Nutrição (CFN).

A gordura visceral se diferencia da subcutânea, aquela visível sob a pele. Ela afeta diretamente órgãos internos, como fígado e pâncreas, podendo gerar desequilíbrios hormonais e resistência à insulina. Segundo Claudia Arouca, presidente da Academia Brasileira de Personal Trainers (ABPT), a relação entre cintura e quadril é um indicador prático para identificar níveis preocupantes.

Para combatê-la, mudanças no estilo de vida são fundamentais. Alimentação equilibrada, como a dieta mediterrânea, exercícios regulares e metas realistas ajudam a reverter o quadro de forma saudável.

“Evitar dietas restritivas e focar em escolhas sustentáveis é o segredo para o sucesso”, afirma Arouca.

Por: Beatriz Queiroz
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