OAB e juízes mostram preocupação com tentativa de golpe planejada em 2022

Neste fim de semana, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Associação dos Juízes Federais (Ajufe) emitiram notas de “preocupação” sobre a tentativa de golpe planejada por militares em 2022 para manter Jair Bolsonaro no poder mesmo após a derrota mas urnas. O grupo, identificado pela Polícia Federal como “kids pretos”, planejava a execução do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

“Fomos a primeira entidade civil a reconhecer a legitimidade do resultado das eleições em 2022 e a condenar os atos violentos do 8 de janeiro e o atentado a bomba ocorrido na Praça dos Três Poderes. Nossa posição sobre esses eventos permanece inalterada”, diz a OAB.

“Conclamamos os líderes de partidos e grupos políticos, das diferentes ideologias, a incitarem seus seguidores a afastarem do Brasil qualquer tipo de violência, terrorismo político, tentativa de golpe de estado e apreço ao autoritarismo. Essas lideranças precisam, com urgência, mandar um recado claro para suas bases, reprovando a violência e o ódio político, a desinformação e os xingamentos”, prossegue a Ordem.

Já a Ajufe reafirma sua “plena confiança no Supremo Tribunal Federal (STF) e nas demais instituições competentes para apuração dos fatos” e o compromisso com “o fortalecimento da democracia, da justiça e da legalidade”.

“Ações que busquem enfraquecer as instituições democráticas devem ser dignas de preocupações por parte de todos, sendo necessário ressaltar a imprescindibilidade da independência e da harmonia entre os poderes para a manutenção da democracia”, diz a entidade de juízes.

A operação Contragolpe indiciou 37 pessoas, incluindo o ex-presidente Bolsonaro, e resultou na prisão de quatro federais e um policial.

Por: Ágatha Araújo

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