Prefeitura e governo do Estado vivem embate sobre fila de internação em unidades de saúde do Rio

Os problemas na saúde pública do Rio têm gerado um enfrentamento entre autoridades da área. O secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz (PSD), foi às redes sociais criticando a falta de vagas na rede estadual. Ele fez ainda uma referência ao escândalo dos órgãos transplantados infectados com HIV ao dizer que a Secretaria estadual de Saúde (SES) vive uma “crise ética gravíssima”. Em nota ao site Tempo Real, o órgão revidou dizendo que é Soranz que vive uma crise ética “por faltar com a verdade e o espírito público” e desafiou o secretário a apresentar os dados de cirurgias ortopédicas nas unidades municipais.

Em sua publicação, o secretário municipal redigiu que houve uma diminuição das internações para procedimentos de média e alta complexidades, o que tem sobrecarregado as redes. Esses serviços são de responsabilidade das unidades administradas pelo governo federal e pelo estado, que também regula as vagas nas unidades. À prefeitura, cabe prover a atenção básica. De acordo com Soranz, na noite de anteontem, 575 pessoas estavam em emergências municipais à espera de transferência para fazer cateterismo ou um atendimento oncológico.

 

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Escrito por: Rafael Ajooz