Indiciado por plano de golpe, neto de ex-presidente da ditadura diz que não esteve no Brasil em 2022
Indiciado por envolvimento em uma tentativa de golpe de estado e no planejamento do assassinato do presidente Lula (PT), do vice Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, o empresário e jornalista Paulo Figueiredo, neto do ex-presidente da ditadura João Figueiredo, afirmou que não esteve “no Brasil sequer uma vez em 2022″, tendo realizado todo o seu trabalho jornalístico nos Estados Unidos, onde mora. Ele foi comentarista e apresentador da Jovem Pan.
Paulo é mencionado nas investigações da Polícia Federal por ter auxiliado em ações para pressionar militares a aderirem ao plano golpista. Em sua conta pessoal no X, onde já teve inúmeras contas bloqueadas por determinação judicial, Figueiredo disse que soube do indiciamento pelos jornais e que aguarda “ansiosamente os próximos acontecimentos”.
A operação Contragolpe, deflagrada na última terça-feira (19), resultou na prisão de cinco agentes no indiciamento de Jair Bolsonaro e mais 35 pessoas, entre elas ex-ministros, militares, políticos e ex-assessores do ex-presidente. Augusto Heleno (ex-Gabinete de Segurança Institucional), Valdemar Costa Neto (presidente do PL) e o coronel do Exército Laércio Virgílio disseram que não vão se manifestar. Walter Braga Netto (ex-Defesa e ex-Casa Civil e vice na chapa de Bolsonaro) disse que “aguardará o recebimento oficial dos elementos informativos para adotar um posicionamento formal e fundamentado”.
Por: Ágatha Araújo
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