Força-tarefa cumpre mandados contra envolvidos na morte de delator do PCC

Na manhã desta terça-feira (19), agentes da 2ª Delegacia da Divisão de Homicídios cumprem mandados de prisão contra envolvidos no assassinato do empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, ocorrido em 8 de novembro no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.

De acordo com a corporação, o PCC (Primeiro Comando da Capital) vinha monitorando todos os passos do delator. Em junho deste ano, Gritzbach – que atuava como lavador de dinheiro da facção – fez um acordo de delação premiada com a Justiça em troca de redução de pena e revelou esquemas de lavagem de dinheiro do grupo.

As investigações iniciais apontam para uma possível ordem do PCC para matar o empresário. Em dezembro de 2021, Gritzbach ordenou a morte de Anselmo Santa Fausta e do motorista Antônio Corona Neto, o “Sem Sangue”, em uma emboscada no Tatuapé, na zona leste de São Paulo.

O crime seria motivado por um investimento mal sucedido em criptomoedas. Anselmo entregou ao empresário R$ 40 milhões e, com o fracasso do investimento, o líder do PCC fez diversas ameaças a Gritzbach. Em resposta, ele teria encomendado a morte do traficante com um pistoleiro, identificado como Noé Alves.

Cerca de 20 dias depois dos assassinatos, o responsável pelas mortes de “Cara Preta” e “Sem Sangue” foi executado pelo PCC. A facção deixou um bilhete ao lado do corpo de Noé – que foi esquartejado e teve a cabeça jogada no local da morte dos traficantes.

O empresário de 38 anos foi preso diversas vezes, até ser libertado definitivamente em 7 de junho de 2023, quando ganhou liberdade condicional. Em junho deste ano, o empresário fez um acordo de delação premiada com a Justiça em troca de redução de pena e revelou esquemas de lavagem de dinheiro da facção criminosa.

Por: Ágatha Araújo

Foto: reprodução