‘Mente azul’: viver perto da água desencadeia produção de hormônios associados ao prazer e reduz estresse

Marcos Rodriguez Sierra, no final de 2018, decidiu que a vida na cidade não estava agradando mais. Ele desejava um cenário para estar mais conectado com a natureza, em particular, com as ondas. Depois de um ano viajando quase todos os finais de semana para a costa da atlântica, ele largou uma vida tipicamente urbana em Buenos Aires, com família, amigos e um emprego estabelecido para se mudar para Mar del Plata, e poder estar mais perto do mar todos os dias.  

A ligação entre o homem e a água vem dos tempos históricos, como fonte de vida, espaço de renovação e tranquilidade. Dos antigos banhos termais romanos aos rituais de purificação no Ganges, às férias na praia e até ao duche ao final do dia, a água tem uma longa lista de antecedentes sendo interpretada como um elemento chave para o restabelecimento físico e emocional. 

A sensação não é um devaneio, tanto na ciência como na da psicologia, esta relação foi estudada com diferentes abordagens e a conclusão foi sempre a mesma. O contato com a água tem um impacto positivo no homem, a nível físico e emocional. A maior referência é Wallace J. Nichols, biólogo marinho que dedicou a sua vida ao estudo deste fenómeno e nomeou-o “Mente Azul”. 

Mente Azul: a ciência surpreendente mostra como estar perto, dentro ou debaixo d’água pode torná-lo feliz, saudável, mais conectado e melhor no que faz, Nichols apresenta uma ampla gama de estudos. que ligam a proximidade à água, seja através do oceano, dos rios, dos lagos ou das piscinas, à calma, à saúde, à criatividade, à eficiência e, em última análise, ao bem-estar pessoal. 

Por: Carolina Sepúlveda  

Foto: reprodução internet