Hospital do Olho de Duque de Caxias realiza primeira cirurgia pública com implante de gel para tratamento do glaucoma no Brasil
Cinco minutos. Este é o tempo estimado para a nova cirurgia que começou na terça-feira (05), no Hospital do Olho Julio Cândido de Brito, em Duque de Caxias. O implante de gel Xen é uma técnica cirúrgica minimamente invasiva, usada no tratamento do glaucoma, que tem apresentado excelentes resultados e proporcionado uma recuperação mais tranquila aos pacientes.
Até o momento, esse tipo de tratamento só era oferecido na rede privada e, agora, o Hospital do Olho se torna o primeiro hospital público a realizar a cirurgia sem custo pelo SUS. A inovação é fruto de uma colaboração entre a instituição de saúde e a Abbvie, uma das principais companhias farmacêuticas globais. Inicialmente, estão sendo atendidos na unidade seis pacientes previamente escolhidos, com o perfil adequado para este tipo de tratamento.
Para começar à realização dos procedimentos no hospital, o Dr. Michael Bethlem, especialista e referência em glaucoma no Brasil, foi convidado pelo Dr. Daniel Puertas, diretor médico do Hospital do Olho, para participar das primeiras cirurgias como orientador da equipe médica, composta ainda pelo Dr. Arthur Farache, Dr. Pedro Henrique, Dra Arícia Horácio, Dr. Mirko Babic , Isabelle Pilot – Gerente de Marketing, e o especialista e consultor em procedimentos da AbbVie, Sr. Carlos Augusto Santos.
“Vim aqui hoje como convidado, para apresentar essa técnica aos cirurgiões do hospital. É uma nova tecnologia, com um procedimento mais rápido e um pós-operatório mais simples e tranquilo. Para ser submetido a essa nova técnica, o paciente selecionado deve ter um determinado tipo de glaucoma, que chamamos de glaucoma primário de ângulo aberto, e precisa ter um olho que, de preferência, não tenha sido operado antes. Recuperação mais rápida, vida normal mais rápida, menos visitas de pós-operatório e menos intervenções”, explicou o Dr. Michael Bethlem.
O Dr. Daniel Puertas alerta que o glaucoma é uma doença silenciosa e de progressão lenta, que muitas vezes passa despercebida pelos pacientes até alcançar um estágio grave. Ele destaca a importância de consultas regulares com oftalmologistas, pelo menos uma ou duas vezes por ano, para diagnóstico precoce, o que reduz significativamente o risco de sequelas graves.
Lucas Martins, de 27 anos, foi o primeiro paciente a ser tratado com uma nova técnica no Hospital do Olho Julio Cândido de Brito. Morador de São Cristóvão, no Rio, ele notou que sua visão estava embaçada e, ao buscar tratamento, soube que essa técnica inovadora estava disponível apenas no setor privado. Ele expressou sua animação por ter a oportunidade de ser tratado com esse método.
Por: Carolina Sepúlveda
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