Governo da Bolívia nega acusações de ataque contra Evo Morales e diz que comboio do ex-presidente atirou em policiais

Nesta segunda-feira (28), o governo boliviano rejeitou as alegações de que teria liderado um ataque contra o ex-presidente Evo Morales, cujo carro foi atingido por disparos no último domingo (27). Segundo o ministro do Interior, Eduardo del Castillo, o confronto ocorreu enquanto a unidade de combate ao narcotráfico (FELCN) realizava uma patrulha de rotina, quando o comboio de Morales teria atirado e atropelado um agente da polícia.

Morales, no entanto, acusou o governo de tentativa de assassinato, apontando que o incidente marca um novo episódio nas tensões entre ele e o atual presidente boliviano, Luis Arce, seu ex-aliado. Em entrevista a uma rádio, Morales declarou que os tiros contra a polícia foram uma reação aos disparos iniciais das autoridades, que, segundo ele, teriam atacado seu veículo.

A administração boliviana afirma que os veículos de Morales eram suspeitos de transporte de drogas, o que justificaria a intervenção policial. Em resposta, Morales usou as redes sociais para questionar a alegação, argumentando que, caso fosse uma operação padrão, “a equipe de elite não teria disparado mais de 18 vezes” nos carros onde ele estava.