Onças Itapira e Miranda são reintroduzidas no Pantanal após tratamento

Depois de passarem por tratamento para queimaduras, Itapira e Miranda foram reintroduzidas na natureza. Mas nem todos os animais resistiram aos ferimentos. A bióloga Lilian confirmou que as onças estavam seguras. Com a confirmação, ela subiu na gaiola e abriu a porta com cuidado. A onça-pintada Itapira rosnou, mas saiu da jaula em direção ao Pantanal do Mato Grosso do Sul em uma tarde quente no dia 5 de outubro. Em agosto, a felina de quase dois anos havia sido resgatada com as patas queimadas nos incêndios que atingem o bioma. 

Rampim tinha estado presente na reintrodução de outra onça-pintada: Miranda. As duas conseguiram escapar do incêndio, contudo, necessitaram de atendimento médico e tratamento, pois suas patas apresentavam queimaduras de segundo grau. Outras quatro pessoas morreram devido aos incêndios no Pantanal.

A onça é fundamental para o equilíbrio do ecossistema, explicou Rampin. Ela é bióloga do Onçafari, ONG voltada para a conservação da natureza. “Por estar no topo da cadeia alimentar, ela garante o equilíbrio da biodiversidade. O ambiente que tem onça-pintada não vai ter um desequilíbrio, com muita capivara, jacaré ou porco do mato.” 

A importância da espécie também justifica sua conservação. A onça consegue se camuflar na paisagem verde, marrom, preta, mesmo sendo um bicho cheio de rosetas pretas. Corre muito rápido, escala, sobe e desce de árvore, salta longas distâncias. E mesmo com todas essas habilidades, as onças-pintadas precisaram de ajuda para sobreviver aos incêndios. 

Por: Carolina Sepúlveda  

Foto: reprodução