Três jornalistas são mortos por ataque israelense no sul do Líbano
Um ataque de Israel matou pelo menos três jornalistas e feriu vários outros enquanto dormiam em pousadas no sul do Líbano nesta sexta-feira (25), segundo informou o Ministério da Saúde do Líbano. O Estado libanês declarou que este é um crime de guerra.
O secretário de Estado dos Estados Unidos (EUA), Antony Blinken, afirmou que há uma extrema necessidade em se chegar a uma solução diplomática para o conflito no Líbano, um dia após ter dito que Washington não quer ver uma campanha prolongada no país por parte de seu aliado Israel.
Israel lançou sua maior ofensiva no Líbano há um mês, afirmando que tinha como alvo o Hezbollah, fortemente armado e apoiado pelo Irã. O objetivo é assegurar o retorno para casa de dezenas de milhares de israelenses retirados do norte devido a ataques de foguetes entre fronteiras.
Autoridades de Beirute disseram que a ofensiva matou mais de 2.500 pessoas e deslocou mais de 1,2 milhão, a maioria no último mês, criando uma crise humanitária.
“Temos um senso de urgência real em chegar a uma resolução diplomática e à implementação completa da Resolução 1701, do Conselho de Segurança da ONU, de modo que possa haver segurança real ao longo da fronteira entre Israel e Líbano”, afirmou Blinken em Londres.
De acordo com ele, isso é importante para que “as pessoas de ambos os lados da fronteira possam ter confiança para voltar às suas casas”.
Os jornalistas mortos se chamam Ghassan Najjar e Mohamed Reda, do veículo de notícias pró-iraniano Al-Mayadeen, e o operador de câmera Wissam Qassem, que trabalhava para Al-Manar, do Hezbollah, afirmaram as empresas de imprensa em declarações separadas.
Eles estavam hospedados na cidade de Hasbaya, no sul do país, quando o local foi atingido por volta das 3h da manhã. A cidade, de muçulmanos e cristãos, não havia sido alvo de ataques antes.
Créditos da imagem: Commons
Escrito por: Rafael Ajooz