Testemunhas denunciam demora da polícia durante confusão com torcedores do Peñarol: ‘Não tinha polícia’

A confusão gerada por torcedores do Peñarol na orla da praia do Pontal, no Recreio dos Bandeirantes, Rio de Janeiro, levantou críticas à demora do policiamento em atender à ocorrência. Testemunhas relataram que a situação se agravou com ataques a quiosques, assaltos e até a queima de ônibus, sem a presença imediata de autoridades no local.

“Eu estava na praia desde cedo. Depois, começou a confusão no posto 12. Bateram, roubaram pessoas, quiosques, foram para a areia, jogaram fogo em ônibus. Uma correria e não tinha polícia. Até a guarnição toda chegar demorou cerca de duas horas”, contou um homem que preferiu não se identificar, em entrevista ao jornal O DIA.

Ele também destacou que, nesta terça-feira (22), já havia indícios de que os torcedores do Peñarol poderiam causar tumulto na cidade. Segundo ele, as autoridades “desdenharam” do potencial de violência dos uruguaios.

Outro frequentador da praia, também sem se identificar, disse que a confusão teve início por volta das 10h, quando os torcedores começaram a atirar pedaços de vidro e pedras. A situação foi contida apenas com a chegada dos policiais, que utilizaram bombas de efeito moral e gás de pimenta para dispersar o grupo.

Este não é o primeiro incidente envolvendo torcedores do Peñarol no Rio de Janeiro. Em 2019, uma briga entre torcedores uruguaios e do Flamengo na praia do Leme resultou na morte de Roberto Vieira, um rubro-negro agredido durante o conflito. Em setembro deste ano, outro confronto ocorreu entre torcedores do Flamengo e do Peñarol na praia da Macumba, também no Recreio.

Por: Beatriz Queiroz
Foto: Renan Areias/Agência O Dia