Polícia Civil e Vigilância Sanitária apreendem Ozempic supostamente falso em farmácia da Zona Sul

Responsável pela investigação do caso de uma mulher, que precisou ser internada nesta quinta-feira (17) pós utilizar um medicamento supostamente falsificado e vendido como Ozempic, o delegado Gilberto Ribeiro, da 13ªDP (Ipanema), disse já ter apreendido a caneta usada para injetar a substância na paciente. Policiais acompanhados de representantes do Instituto Municipal de Vigilância Sanitária, Vigilância de Zoonoses e Inspeção Agropecuária (Ivisa-Rio) estiveram nesta segunda-feira (21) na farmácia, em Ipanema, onde o produto foi comprado. Três caixas do medicamento foram apreendidas. O proprietário da loja também foi ouvido.

O delegado disse que o material será encaminhado para uma perícia no Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE). O resultado do exame vai confirmar ou não se o remédio era falso. A polícia preferiu não dar maiores detalhes da investigação, porém disse que a origem do produto será rastreada.

“Vamos verificar a origem do produto. Existe a chance de ser um medicamento falsificado ou adulterado, mas só um exame vai esclarecer isso. Se foi mesmo vendido na farmácia indicada pela vítima, temos de saber de qual fornecedor foi adquirido”, sustentou o delegado.

A mulher, de 46 anos, foi internada com quadro clínico grave na última quinta-feira depois de aplicar em casa uma dose de um produto supostamente falsificado vendido para ela como se fosse Ozempic, medicamento destinado ao tratamento da diabetes tipo 2, mas que ficou em alta para a perda de peso. Ela fazia uso do remédio sob o acompanhamento de uma endocrinologista. A vítima só percebeu a adulteração da última caixa que comprou em uma farmácia na Zona Sul, depois da médica que a atendeu na emergência suspeitar da procedência da medicação.

Apesar da alta hospitalar, a paciente continua emocionalmente abalada.

“Está meio complicado. Ela está bem impactada com tudo. Fisicamente, ela está “média”, mas emocionalmente muito abalada e instável, sem energia para falar muito. Já caiu a ficha de que esteve à beira da morte. Foram 72 horas muito estranhas, algo que teoricamente ninguém deveria passar na vida”, contou o marido da paciente.

Créditos da imagem: Reprodução/Commons

Escrito por: Rafael Ajooz