Instagram e Facebook testam reconhecimento facial para bloquear anúncios falsos com celebridades
O Instagram e o Facebook, plataformas da Meta, iniciarão testes de um novo sistema de reconhecimento facial com o intuito de combater anúncios falsos que utilizam rostos de celebridades e figuras públicas. Os novos recursos de segurança foram apresentados pela Meta nesta terça (22). A medida visa prevenir golpes, fraudes e a venda de produtos enganadores, aumentando a segurança dos usuários.
Além de detectar publicidade falsa, o reconhecimento facial também será utilizado para ajudar na recuperação de contas que tenham sido hackeadas. A empresa destaca que, ao retomar o uso da tecnologia, não armazenará as informações de reconhecimento facial, uma decisão que segue após uma pausa de três anos, motivada por preocupações regulatórias e de privacidade. Em julho, a Meta foi multada em US$ 1,4 bilhão no Texas por uso indevido dessa tecnologia.
Os testes com o novo sistema começaram com grupos selecionados de celebridades e, nas próximas semanas, a Meta planeja expandir o acesso, notificando influenciadores e figuras conhecidas. A expectativa é que a ferramenta seja amplamente disponível até 2025, conforme afirmou Monika Bickert, vice-presidente de Políticas e Conteúdo da Meta.
O reconhecimento facial será ativado quando os sistemas de análise de anúncios detectarem conteúdo potencialmente fraudulento, comparando rostos em vídeos ou fotos com imagens em perfis oficiais. Os testes iniciais com as celebridades mostraram resultados promissores na identificação e bloqueio de fraudes.
No Brasil, personalidades como Dráuzio Varella e Pedro Bial já criticaram a Meta pela falta de ações contra propagandas falsas usando suas imagens, frequentemente criadas por inteligência artificial. Embora a nova tecnologia não tenha sido desenhada especificamente para combater as deepfakes, a Meta acredita que ela pode ser eficaz também nesses casos.
Em relação à recuperação de contas hackeadas, o reconhecimento facial será testado como um meio de agilizar o processo. Ao invés de solicitar documentos oficiais, a Meta pedirá que o usuário faça o upload de uma selfie em vídeo, que será comparada com as imagens do perfil oficial. Essa mudança busca facilitar e acelerar a recuperação de contas invadidas, frequentemente utilizadas para aplicar golpes.
Por: Beatriz Queiroz
Foto: Reprodução