Cláudio Castro nomeia médico Marcus Vinicius Dias como novo presidente da Fundação Saúde
Após a exoneração de seis diretores da Fundação Saúde do Estado do Rio de Janeiro, incluindo o diretor-executivo João Ricardo Pilotto, o governador Cláudio Castro nomeou o médico Marcus Vinicius Dias como novo presidente da instituição nesta terça-feira (22). A decisão do novo diretor foi tomada após a renúncia da diretoria da fundação, formalizada na manhã de ontem (21). As demissões ocorreram em resposta à contaminação por HIV de seis pacientes transplantados, atribuída a laudos falsos emitidos pelo laboratório contratado pela fundação, o PCS Saleme.
“A nomeação do novo diretor da Fundação Saúde corrobora com a transparência e segurança com que estamos atuando desde o início das investigações sobre o caso. A mudança também assegura que não haja interferências internas nas apurações que estão sendo realizadas.”, afirmou Castro.
Marcus Vinicius Dias é médico com mais de 15 anos de carreira no Ministério da Saúde, tendo ocupado cargos importantes, como coordenador-geral de assistência, diretor-geral de hospitais federais e secretário-executivo do ministério. Ele também foi vice-presidente do Instituto Vital Brazil e ocupou cargos de direção no Hospital Adão Pereira Nunes e no Hospital Azevedo Lima, onde atualmente é diretor-geral. Além disso, Marcus Vinicius é conselheiro de administração da CEDAE.
Entre as principais metas da nova gestão estão a modernização e atualização do organograma funcional da fundação, a nomeação de um procurador do estado como diretor jurídico, a aceleração dos processos licitatórios e o fortalecimento do atendimento médico de alta complexidade nas unidades geridas pela fundação.
A contaminação foi descoberta em setembro, quando um dos transplantados apresentou sintomas e testou positivo para HIV. Desde então, investigações foram abertas pelo Ministério Público, Polícia Civil e Controladoria-Geral do Estado para apurar as falhas e irregularidades. Cinco pessoas já foram presas, incluindo sócios do laboratório, por crimes como falsidade ideológica, falsificação de documentos e infração sanitária.
Por: Beatriz Queiroz
Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil