Filipe Luís elogia elenco e critica arbitragem após classificação: ‘Está sendo muito fácil ir contra o Flamengo’

Filipe Luís foi direto ao ponto na coletiva de imprensa após a partida entre Flamengo e Corinthians pela semifinal da Copa do Brasil, o time carioca garantiu sua vaga na final com o resultado por 0 a 0 após jogar metade da partida com um jogador a menos após entrada violenta de Bruno Henrique. O técnico questionou a arbitragem e falou sobre o lance que resultou no gol marcado por Alex Sandro, mas que foi anulado pelo VAR.

“Não vi nenhum lance ainda. Eu não gosto de falar de arbitragem. Eu adoro o Daronco, mas o que peço é que respeitem o Flamengo. O que eu sinto, e já sentia como jogador, é que ou você é com o Flamengo ou contra o Flamengo. É mais fácil sempre ir contra o Flamengo. Se o VAR tem uma dúvida é contra. Isso me incomoda. A única coisa que peço é que se respeite o clube. Respeite a regra e faça o certo. Se o VAR intervém o menos possível, sigam a regra. Chega na televisão e olha o que está acontecendo, não se manipule pelo que falam de cima. Os árbitros são bons, a gente sabe disso. Tem uma pressão grande. Mas a minha sensação é que está sendo muito fácil ir contra o Flamengo. E isso me incomoda. Não quero vantagem, quero que sejam justos.”

Ele também falou sobre a decisão de trocar Gabriel Barbosa por Fabrício Bruno após a expulsão de Bruno Henrique, o treinador falou sobre o que o levou a optar por abrir mão de um ataque mais incisivo em prol de uma linha de defesa mais estruturada:

“O plano de jogo, uma estratégia que não vou abrir muito. Mas meu primeiro pensamento era proteger a defesa e entregar a bola para o Corinthians. Saber que eles teriam que criar. Muitas vezes vamos pressionar, corremos riscos e eles têm jogadores rápidos na frente. A partir desse momento dar a bola para eles, sabíamos da capacidade dos jogadores. Do Arrascaeta não perder a bola, Gerson também. O Erick que fez um jogo extraordinário perde pouco. Conseguem segurar e fazer a equipe avançar, foi esse meu pensamento. Quando forçassem alguma jogada teríamos jogadores para tirar o time de trás e ter chances”

Ele completou comentando sobre o panorama geral da partida e sobre o seu estilo de trabalho e planejamento no clube até então, que tem gerado resultados positivos:

“Falaria a mesma coisa se tivesse perdido: penso em todas as possibilidades no jogo, anoto, planejo. Nem sempre sai do jeito que esperamos ou acontece o que planejamos, mas uma expulsão sempre é prevista e o possível cenário do jogo também. Muitas experiências que vivi jogando em vários tipos de sistemas diferentes com um a menos, um a mais. Decidimos rápido porque já estava previsto com a comissão se isso acontecesse. Decidimos muito rápido. O time tem que ter uma resposta imediata do treinador nesse momento para saber o que fazer. Eles foram sublimes. (…) “Antes do jogo eu estudo, faço uma leitura ofensiva, defensiva e em todas as fases. E tomo as minhas decisões, mas deixei claro para eles que preciso não da opinião, mas do que eles estão sentindo. Preciso dar aos jogadores as soluções também segundo a cabeça deles. O que eles querem, o que pensam. Para podermos chegar a um termo bom. Tenho conversado muito com o David, me apoia bastante nisso, me dá feedback do que o grupo sente. Não só ele, mas todos os capitães. Depois a decisão é minha. Quem joga, titular, reserva, sistema, mudanças, tudo sou eu. A responsabilidade é minha, mas gosto de saber o que eles estão sentindo no campo. O treinador não vê tudo. É bom saber a sensação do jogador.”

O Flamengo enfrenta o Atlético – MG pela Copa do Brasil nos dias 3 e 10 de Novembro.

Por: Victoria Brasil 

Imagem: Marcelo Cortes/Flamengo