Obras da Estação de Tratamento de Esgoto fazem lago do Bosque da Barra da Tijuca secar e ameaçar vida animal
O Instituto Estadual do Ambiente (INEA) e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Clima avaliam os danos causados à fauna e flora do Parque Natural Municipal Bosque da Barra, na Zona Oeste do Rio, após o maior lago do espaço secar durante intervenções da concessionária Iguá na Estação de Tratamento de Esgotos do bairro.
Dezenas de jacarés, aves, peixes, anfíbios e outras espécies de animais foram afetadas. A região virou uma imensidão de secura. A água ia até a altura do peito.
Todos os outros três lagos já estão com nível de água abaixo do recomendado. A redução começou em junho, no momento em que as obras foram iniciadas pela concessionária, que fica no terreno ao lado do Parque Natural.
Paralisados pela Prefeitura, os serviços de rebaixamento do lençol freático estavam sendo feitos até sexta-feira (4) pela Iguá. A empresa faz obras de modernização e ampliação da estação de tratamento de esgoto, que tem como objetivo ampliar em 50% a capacidade máxima da unidade.
Segundo o Inea, não havia a necessidade de rebaixamento do lençol freático no âmbito do licenciamento ambiental. Em situação de identificação de danos, as ações e punições vão ser definidas, somado à obrigatoriedade da recuperação ambiental da área.
A concessionária Iguá, por outro lado, diz que a intervenção possui licença ambiental e de obras para a execução, e que todas as condicionantes previstas nas licenças são cumpridas pela empresa.
Créditos da imagem: Reprodução/TV Globo
Escrito por: Rafael Ajooz