Caso PCS Lab: dono de laboratório pedia alteração de resultados de exames em conversas

A defesa da funcionária Jacqueline Iris Bacellar de Assis, presa sob suspeita de assinar laudos errados que resultaram na transmissão de HIV a seis pacientes transplantados no Rio, levou à Justiça prints de conversas entre a técnica e Walter Vieira, um dos donos da PCS Lab Saleme. Ele foi preso na última segunda-feira (14).

Em uma das conversas, Walter sugere a alteração de um exame enviado por Jacqueline e diz: “Vou [dar] uma aumentadinha no LDL, está muito baixo”.

O LDL (Lipoproteína de Baixa Densidade) é um aspecto do colesterol medido em exames de sangue, conhecido popularmente como o “colesterol ruim”.

Para os advogados de Jacqueline, as trocas de mensagens “provam” que Vieira tinha o “hábito de modificar laudos”.

O Dr. Walter e a empresa responsável pela tecnologia adulteravam as informações dos laudos e também as assinaturas, que seriam dos funcionários, mas que não tinham nenhuma autonomia para realizar essas funções. Era um hábito do Dr. Walter adulterar as informações dos laudos“, afirma Wanesca Coelho Paiva.

A defesa do PCS Lab Saleme não se pronunciou.

Por: Ágatha Araújo

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