Daniel Soranz diz que Ozempic pode estar disponível no município do Rio de Janeiro em 2026

Em entrevista para a Jurema, a ema carioca da gema, colaboradora do Jornal Extra, o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, explicou como será a aplicação de  Ozempic — remédio usado no tratamento de diabetes, mas que também atua no emagrecimento — na rede pública municipal. Ele detalhou quais serão os grupos prioritários para receber o medicamento quando a aplicação for possível. O secretário também não fugiu de outros temas importantes, como a erradicação da dengue.

A equipe do PORTAL ONBUS separou alguns trechos que você acompanha a seguir.

Jurema: O foco da Secretaria municipal de Saúde é a disponibilização do princípio ativo do Ozempic, a Semaglutida, assunto em discussão na pasta há dois anos. O planejamento, que não seria divulgado agora, só se tornou público porque euzinha consegui arrancar a informação com exclusividade do prefeito.

Daniel Soranz: É verdade esse bilhete. Não estamos falando da marca, mas do princípio ativo. Pode ser que, de fato, a patente seja quebrada em 2026, o que vai baratear muito os custos — diz Soranz, que já esteve na Dinamarca, visitando a Novo Nordisk, fabricante do Ozempic. Tem um público específico. Obviamente tem que estar associado ao diabetes e à obesidade. O carioca tem uma expectativa de vida de 77 anos, superior à expectativa da população americana, por exemplo, de 76 anos. E o principal problema de saúde pública que eles têm é a obesidade. Se a gente não cuidar disso aqui, teremos muita dificuldade que a nossa população viva mais e melhor. Não é uma questão de estética. Acompanhamento médico, cuidados com alimentação e prática de exercícios também são importantes. não é só o medicamento que resolve obesidade.

Evolução na vacinação

Daniel Soranz: A gente vai ter a vacina para tuberculose, que precisa ser incorporada e que vai fazer muita diferença. É muito importante que a gente amplie a vacinação para o HPV e tenha um planejamento de quando vai vacinar toda a população (hoje, o público-alvo é de 9 a 19 anos), igual aos países desenvolvidos: muitos já zeraram o número de casos de câncer de colo de útero, de cânceres ligados ao HPV, e a gente também precisa fazer isso. Tem que ter um planejamento estruturado para que a gente, um dia, possa falar para a nossa população quando vamos erradicar a dengue.

Dengue

Daniel Soranz: O método Wolbachia, que estamos utilizando em parceria com o Ministério da Saúde, é uma bactéria que contamina o mosquito e evita que o vírus da dengue se prolifere dentro dele. Já está sendo usado em Tubiacanga, na Ilha, e ampliamos para a região central do Rio. Outra frente de prevenção é o teste da vacina em Guaratiba, bairro com maior incidência de dengue na cidade, em que estamos vacinando todos de 6 a 59 anos. A gente tem uma oportunidade de apresentar um planejamento estruturado para isso nos próximos dois anos.

Super Centros de Saúde

Daniel Soranz: Por que são tão bem avaliados? Porque é uma estrutura com muita tecnologia, que tem atendimento super humanizado, funciona em rede com as unidades básicas de saúde e reduziu expressivamente a fila do sistema de regulação, de 140 para 75 dias. Existe ainda a necessidade de dois novos Super Centros, um na Zona Oeste e outro na Zona Norte. A gente vai incorporar os serviços de hemodiálise, assim como a fisioterapia e reabilitação cardíaca, além da saúde auditiva.

 

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