Técnico de laboratório PCS diz que ordem era não fazer testes diários de HIV porque eram caros

Preso nesta segunda-feira (14), o técnico do laboratório PCS Lab Saleme, clínica investigada por fornecer órgãos infectados com o vírus de HIV para pacientes de transplante, disse à polícia que a orientação era de reduzir o número de testes de controle de qualidade devido ao alto preço dos kits dos reagentes. Ivanildo Fernandes é apontado como um dos responsáveis pelo laudo que atestou a segurança dos órgãos transplantados.

Podem ocorrer erros em face de que os reagentes ficam degradados por permanecerem muito tempo na máquina analítica; que o controle é uma segurança da certeza do resultado e por isso deve ser diário“, respondeu Ivanilson em seu depoimento.

Segundo o técnico, desde janeiro deste ano, os testes de controle de qualidade passaram a ser semanais e não mais diários, como era até o fim de 2023. Ainda de acordo com ele, o controle de qualidade era fundamental para evitar erros. E que a partir de 2024, a responsabilidade pelo controle de qualidade passou a ser da coordenadora Adriana Vargas.

Quando houve mudança do controle de qualidade, Adriana Vargas disse que a ordem era economizar porque estava tendo muitos gastos“, disse Ivanilson.

O PCS Lab Saleme foi interditado e não está mais vinculado à Secretaria de Saúde do Estado.

Por: Ágatha Araújo

Foto: reprodução