Polícia Civil prende líder de quadrilha que fraudava planos de saúde

Nesta segunda-feira (14), agentes da Polícia Civil do Rio realizaram a Operação Carência Zero, que combate fraudes à seguradora Porto Saúde, empresa que comercializa planos de saúde. Na ação, uma mulher foi presa suspeita de liderar uma quadrilha especializada em fraudar contratos. Adriana Neves Castro foi presa em casa, no município de Itaguaí, região metropolitana do Rio. O prejuízo estimado é de cerca de R$ 11 milhões.

Segundo as investigações, a fraude era complexa e sofisticada. O grupo simulava vínculos empregatícios com mais de 800 pessoas em empresas de fachada, criadas exclusivamente com o objetivo de contratar planos empresariais. m seguida, esses seguros eram comercializados indevidamente para pessoas físicas, que não teriam direito de adquirir planos coletivos – sem carência.

Para executar a fraude, foram criadas dez empresas laranjas. Elas não possuem sede nos endereços por elas informados junto à seguradora, sendo a maioria criada em endereços com numeração inexistente. Adriana atraia as vítimas com a criação da “taxa de carência zero”, viabilizando serviços que convencionalmente não são cobertos sem o período de carência, como como cirurgias bariátricas, partos e até remoção de tumor cerebral.

Dessa maneira, as vítimas pagavam valores mensais a Adriana, que repassava parte dos valores recebidos ao seu filho em típica movimentação de ocultação patrimonial. O valor variava de R$ 3.000 a R$ 5.000 por cliente. somente em seis meses no ano passado, os criminosos movimentaram mais de R$ 2 milhões.

Por meio de nota, a Porto Saúde informou que identificou a fraude e acionou as autoridades.

A Porto Saúde informa que identificou o esquema de fraude e forneceu todas as informações necessárias para as investigações que resultaram na operação deflagrada na segunda-feira (14). A abertura de empresas com falsos vínculos empregatícios para a contratação de planos de saúde coletivos é uma prática ilegal e que causa prejuízos não somente às operadoras, mas também aos consumidores que dependem legitimamente do sistema privado de saúde. Por isso, a companhia tem investido no combate a fraudes e continua à disposição para colaborar com as autoridades.”

Por: Ágatha Araújo

Foto: reprodução