Jogadoras do Botafogo que acompanhavam Vitor Belarmino são processadas por omissão de socorro
O influenciador Vitor Vieira Belarmino, teve sua prisão decretada pela justiça após atropelar e matar o fisioterapeuta Fábio Toshiro Kikuta, em julho, horas após se casar, e as cinco mulheres que acompanhavam Vitor, elas que são jogadoras do Botafogo, vão responder por omissão de socorro. O processo segue em trâmite na Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio. Belarmino teve a prisão decretada pela juíza Alessandra da Rocha Lima Roidis e está foragido há quase três meses.
Jogadoras de futebol do time sub-20 do Botafogo, Amanda Camargo e Silva, Mirelly da Silva Campos, Julia Teixeira de Sousa, Débora Letícia da Silva Paz (Débora Bebê) e Karolayne Melo Fernandes Ferreira (Karolzinha) foram citadas na decisão da juíza, emitida no fim de setembro. Amanda, aliás, também é influenciadora e tem no Instagram um perfil com mais de 480 mil seguidores.
No dia do acidente, as atletas deixaram uma festa de aniversário com Belarmino e estavam no conversível do motorista quando o acidente aconteceu. No Rio, a Polícia Civil o indiciou por homicídio doloso, quando há a intenção de matar. A advogada criminalista e doutora em Direito, Ana Paula Couto, enfatiza que como as mulheres que acompanhavam Belarmino não são autoras do crime, a maneira como responderão tem punições diferentes da do influenciador. As atletas têm feito viagem e participado de treinos e partidas normalmente. A audiência de instrução, segundo o TJ, ainda não foi marcada. A advogada Ana Paula Couto explica que, enquanto isso, as jovens podem seguir com suas atividades:
“Em regra, nada impede que as rés sigam normalmente com as suas vidas, inclusive fazendo viagens. É possível que a juíza fixe uma medida cautelar diversa da prisão impedindo, por exemplo, que elas saiam do Rio de Janeiro. Mas, não havendo decisão nesse sentido, elas vivem normalmente”, explica Ana Paula.
Por: Carolina Sepúlveda
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