Gusttavo Lima: MP afirma que não há provas suficientes para acusar cantor de lavagem de dinheiro

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) emitiu um parecer nesta quinta-feira (10) no qual afirma não haver provas suficientes para acusar o cantor Gusttavo Lima de lavagem de dinheiro, como alegado na Operação Integration. A investigação, conduzida pela Polícia Civil do estado, teve como foco a venda de uma aeronave do cantor para empresas ligadas ao mercado de bets online.

Cinco promotores de Justiça do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) assinam o documento, que aponta diversas inconsistências nas acusações iniciais. Entre elas, o MPPE destaca que a data da assinatura eletrônica do distrato da aeronave não coincide com a data digitada no documento, além da venda da aeronave para outra empresa sete meses após a primeira negociação.

“O fato da data da assinatura eletrônica do distrato não coincidir com a data digitada, além da circunstância dessa mesma aeronave ter sido vendida posteriormente, 7 (sete) meses depois, à empresa J. M. J. Participações Ltda., de propriedade de José André da Rocha – (…) não indicam ilegalidade configuradora de crime de lavagem de dinheiro”, diz o texto do MPPE.

O Ministério Público também argumenta que a Justiça de Pernambuco não seria a competente para julgar o caso, uma vez que os repasses analisados envolvem apenas a empresa Vai de Bet, com sede na Paraíba.
Conforme o MPPE, a Polícia Civil de Pernambuco atestou que os valores de R$ 4,9 milhões e R$ 4,8 milhões, usados na aquisição da aeronave Cessna 560XLS (PR-TEM), tiveram origem na empresa Esportes da Sorte.

A defesa do cantor já havia se manifestado sobre o caso, negando qualquer envolvimento em atividades ilícitas.

Por: Beatriz Queiroz
Foto: Arquivo OnBus